Dia 1 (15/05)

Depois de uma noite muito bem dormida, acordei as 8 pra encontar Mocotó no centro e resolver todos os trâmites referentes ao visto permanente. Como de costume, derramei café na roupa e tive que ir mesmo assim, os ônibus aqui são super pontuais e do bairro onde estou até o centro são 50 minutos.

Se você não tem cartão do ônibus, você deve jogar numa latinha do lado do motorista o valor certinho do passe pois eles não podem te dar troco. Você tem que entrar com seu dinheiro contadinho, jogar na latinha e sentar rapidinho. Dei uma de Renata e entrei com a bolsa fechada, pra procurar as moedas e jogar latinha. O motorista quis me enforcar, quase disse que eu não precisava pagar ou me pediu pra descer. Isso não acontece só com os motoristas, em qualquer lugar, seja caixa de supermercado, farmácia, banco ou outras instituições, você não deve esperar a sua vez pra pagar ou apresentar os seus documentos, se você encosta no guichê e ameaça abrir a bolsa, eles pedem que você saia da fila, prepare os documentos e volte quando tiver tudo em mãos, em respeito as outras pessoas que estão atrás de você. Amei!!!!!!!! Acho até que meu pai é irlandês...

Voltando ao dia. Cheguei na Eden College acompanhada da turma da casa, fiz tudo o que tinha que fazer, encontrei com Mocotó e fomos direto pra o lugar onde devemos solicitar o PPS (documento essencial, tipo o nosso CPF). Olha que linda a fachada da escola:

Depois de escola e PPS, fomos fazer a carteira de estudante na Trinity College.

Pronto! Agora não vou achar tão caro o ônibus. De lá fomos ao banco (AIB) abrir nossa conta e depois bater perna no centro. Eu ainda tinha que comprar minhas roupas, as do Brasil nem vão servir pra nada.

Fiquei muito feliz quando descobrí um sanduiche de 1,77 euros pra poder almoçar, to começando a achar opções mais baratas, o problema é que você sai do mercado sem sacola, copo, guardanapo e nem tem lugar pra sentar. Como somos brasileiras sem frescuras, comemos na rua mesmo:

Comidas e bebidas fomos ás compras. Fiquei muito feliz quando descobrí a Pennys, é como se fosse a C&A só que sem vestiário e muito, muito mais barato. E é linda e enooorme:

Contente com as compras que não ultrapassaram 25 euros, fomos bater perna na Grafton Street, que já tinham me dito ser a 25 de março, só que pra mim ta mais pra Oscar Freire...




Depois de muito andar, dispensei as meninas e fui ver um apartamento pra dividir. Sem sucesso, aproveitei pra visitar Betinho, um amigo brasileiro (que eu nunca tinha visto pessoalmente mas visitava o blog diariamente) que mora próximo ao lugar onde estava. Ele mora com mais 4 brasileiros muuuuuito legais, nem parecia que eu tava em outro país. Olha aí a bagunça:


Enquanto estava lá, entrei em contato Jessé, outro amigo internético e responsável por minha escolha por Dublin, fazendo jus a fama de muambeiro e arranjador de coisas e serviços, acabou me conseguindo uma vaga no mesmo prédio que ele com outros brasileiros. Mesmo sabendo que eu ainda tinha tempo de procurar outros lugares, resolví fechar logo, sentí uma energia boa da turma e não tava afim de mais uma coisa pra resolver, fiquei feliz!!
Pra fechar a noite, não consegui achar o ponto de ônibus que encerrava às 23:30, faltavam apenas 10 minutos e ninguem sabia me explicar onde ficava a porcaria do ponto, liguei pra Mocotó (coitado) e ele me salvou faltando 3 minutos pra o ônibus sair, na confusão perdí meu cartão do ônibus com 15 euros de carga, fiquei p da vida! Mas fui dormir feliz por causa da casa.