domingo, 17 de janeiro de 2010

Fim de ano congelante em Berlim!

Com muito, mas muito atraso, vou postar aqui minha aventura germãnica de fim de ano...
Depois de natal e uma escala de 3 dias em Estocolmo, la vou eu pra Berlim, não sabendo ainda o frio que me esperava...
Voo tranquilo, ônibus rápido e ca estou eu no hostel procurando algo pra fazer as 3 horas na "noite", ja que o sol nesse inverno maluco não dura nada...
Sozinha e sem saco pra fazer turismo, resolvi bater perna na avenida das grifes, como a Oscar Freire ou a Champs-Elysees. O nome é bem facil de soletrar: Friederichsdjshsaufhsdauf.




Sem compromisso, dei uma passeada nessa feirinha promovida pela Galeries Lafayette:


O lugar era bem bonitinho, paguei 1 euro pelo acesso e tinham várias apresentacões musicais no palco em frente a um prédio bacana que eu não faco ideia do que é:


Acidentalmente acabei chegando no Checkpoint Charlie, que foi um posto militar construido entre as antigas alemanhas do norte e sul, e funcionava como passagem de militares durante a guerra fria, é a parte mais famosa do muro de Berlim, nessa foto vê-se um "muro" com todo o cronograma do período que procedeu o fim da segunda guerra até a queda do muro de Berlim.

Infelizmente por causa do frio, eu mau podia tirar fotos, quando tirava a luva pra manipular a câmera, doía até a alma... Mas eu pude ler várias história ocorridas nesse período de alemães que foram mortos tentando atravessar o muro na esperanca de reencontrar familiares e amigos que por causa dessa divisão não tiveram a chance de conviverem juntos. Um das histórias é bem emocionante e eu vou tentar contar aqui, se tiver alguma informacão errada ou incompleta culpem meu cérebro que não tava lendo nem em português direito, imagine inglês. A história é sobre um adolescente chamado Peter Fechter que foi baleado pelos soviéticos quando tentava atravessar o muro e, por cair numa zona onde nem a base aliada nem os soviéticos poderiam acessar, ele sangrou até a morte sendo assistido por militares de ambos lados, pelo que eu lí foi a história mais chocante durante todos esses anos...


O café na esquina atrás de mim parecendo um pinguim, tem também sua história, era lá que os espiões soviéticos e aliados faziam suas observacões.

A placa com o aviso de: Você está entrando no setor americano, bla bla bla... continua lá, em inglês, francês, russo e alemão.


Marco do muro de Berlim:

E o posto militar americano:


Dia seguinte, mais alegre já que me juntei a Lesley e Tana acabadas de chegar de Praga, acabadas literalmente. Dessa vez não tive que me preocupar com programacão, elas já tinham decidido a visita a um famoso campo de concentracão num local afastado de Berlim, eu tava meio preocupada em "perder" o dia num lugar esmo, mas devo confessar que foi a minha melhor visita na Alemanha. O Campo chama-se Sachsenhausen:

E é gigante!!
Quando a gente desce na estacão de trem, a guia fala que a caminhada é longa e a gente teria a opcão de ir de ônibus, mas ela convence a gente dizendo isso: A caminhada è longa mas vocês tem botas e casacos, enquanto caminham, pense que os milhares de judeus faziam esse mesmo percurso com um pijama e descalco... Ninguém teve coragem de reclamar...



Essa é a guia, que sabe contar a história de cada metro desse campo.



Entrada do Campo:


Banheiro coletivo dos judeus:

Dormitorio:


Pijama, ou uniforme usado por eles:


Crematório pra onde iam os judeus mortos durante o trabalho forcado:

Laboratório onde médicos nazistas faziam experimentos com judeus (vivos):


Só agora eu me dei conta de que eu não consigo comentar a minha experiência nessa visita,só consigo dizer que o que você sente lá é triste e te faz repensar toda a sua vida... Depois de assistir A Lista de Schindler, eu pensei que não havia mais nada que pudesse me chocar, mas estar dentro de um lugar onde foi cenário das mais terríveis atrocidades cometidas em seres humanos, faz com que você sinta até um cheiro diferente, cheiro da podridão de um grupo de pessoas liderados por um doente.
Depois da tristeza, a alegria dos brasileiros quando se encontram. Durante o tour, a gente conheceu uma porrada de brasileiro e voltamos todos juntos no trem.



Depois do longo dia, uma champanhe pra espantar a tristeza (1? 2? Quantas, Lora??)

Não me julguem, o dia foi pesado, eu tava triste por estar longe do namorado que, ao contrário de mim tava curtindo praia em Dubai. O fato é que eu fiquei tão bêbada que no frio de -8 gráus, eu tava dancando no terraco do hostel, como vocês podem ver, sem nada além de uma camiseta:



Como brasileiro é solidário, me colocaram uma capote, mas a danca continuou....


No outro dia, ressaca, mau humor, celular sem bateria e sem carregador, câmera sem bateria e sem carregador também, namorado dormindo no deserto sem sinal no celular... As amigas resolveram fazer um tour no ônibus mas eu resolví sair feito maluca pegando metrô pra qualquer lugar...




No fim do dia encontrei as meninas, uma pausa pra um cachorro quente típico, um pão seco e a melhor salsicha do mundo!!!!

De estômago forrado resolvemos encarar o desafio da boia na neve:

Eu poderia passar a virada do ano fazendo isso...


De lá um café no Starbucks e uma visita a Potsdamer Platz. Esse local fica numa área bem movimentada e é bem famoso por ter sido completamente devastado durante a guerra e num curto intervalo de tempo se tornou o local mais moderno de Berlim, exemplo disso é o Sony Center, um prédio super moderno que na foto não aparece mas vocês podem ver no link do Potsdamer Platz.

Resolví ir, sozinha, ao famoso monumento da Vitória que eu so chamava de Anjo do U2, já que Bono gravou o clip da música Stay (Faraway, so close) lá e é um dos meus clips favoritos:

O problema foi que eu cheguei lá à noite e minha câmera peba só conseguiu essas fotos de péssima qualidade, nem compensou caminhar em mais de meio metro de neve pra chegar lá:
Enfim a hora da virada... Primeiro a producão:

Depois o encontro dos baianos! Isso mesmo! No meu hostel tinha mais baiano do que qualquer outra raca...

E onde tem baiano tem cachaca!


Onde tem cachaca a gente faz amigo:


Onde tem cachaca tem ligacao pra namorado pra dizer que ama e ta com saudade...


Enfim, esse foi o nosso esquente antes do portão de Brandenburg, a festa fa virada.


E que virada linda!!!!


Difícil é saber quem tava melhorzinha aqui:


Alguns minutos depois da virada, quando me dei conta do quão bêbada eu tava, o juizo disparou o alarme e eu resolví voltar pro hostel, só não sabia o caminho...

Andei no meio do nada, ou da neve, por quase 1 hora e fui parar nesse memorial, perdida, cansada e com frio e olha a cara da cachaceira, parecia que tinha ganhado na loteria...

Mas meu anjo da guarda ta sempre comigo e rapidinho eu consegui chegar no hostel...

4 comentários:

  1. Ei amiga tava faltando so o reveillon ne?
    rsrsrs
    To tao feliz q vc vem pra ca em breve
    saudade!
    bjs

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  2. Olá Renata!

    Gostei muito do seu blog. As fotos estão demais! Estou pensando em ir pra Dublin este ano. E como faço pra entrar em contato com a Greyce? Meu email é paoliveira@usp.br

    Beijoss

    Pati

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  3. Esqueceu q eu te liguei várias vezes e vc bêbada apertou o botão errado e ficou só gritando, toda maluca, kakakakakakaka!! Pedro.

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  4. Tenho certeza que lembrou de Liesel Meminger ... Max Vandenburg...

    Chega qd?

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